domingo, 27 de junho de 2010

A idade chega pra todos

SOCORRO.

Dia 15/11 eu faço 27 anos, ok, beleza, eu ainda visto 34/36, beleza, tá tudo beleza, não tenho pancéps. E então eu saio do banho, e tals e... opa opa, tem uns furinhos aqui que não existiam. EU TÔ COM CELULITE NA PERNA, NA PARTE INTERNA DA COXA, COMO ASSIM BIAL?


Oi Bitchney, tá linda e arrasando, gacta!

Tá eu faço estágio de manhã, levo uma hora pra voltar pra casa, me sobra pouco mais de duas horas disponíveis antes da aula, será que é a hora de fazer uma academia? Será que é hora de parar com a coca-cola? Será que minha vida de carboidratos 8X ao dia ACAPÔ e eu vou ter que comer capim, Bial?

Será que to ficando velha e caída? Mas a dermatologista disse que me bate se eu comprar um anti-sinais porque felizmente ainda não preciso (modéstia, não trabalhamos, até quando acho celulite na perna ok? Rs)

Vou ali morrer e já volto.

Adendo: vou ser bem bem franca, prefiro não postar nada a postar coisa irrelevante que ninguém vai ler. E a Engenharia literalmente acabou com minha vida internética (saudades do Design, quando rolava fazer TCC no msn - not). Então, leitores amados, eu prometo três posts semanais e não mais do que isso. Só se eu estiver pissuída e inspirada e principalmente com assuntos legais.

twitter - não uso muito, mas se quiser seguir...  : /denovodezoito

Kizuz

Christina

quarta-feira, 9 de junho de 2010

kidult pleasure

Quando eu estava na sexta série, ia ter uma competição no colégio, e então nossa equipe era a azul, e sabe-se lá como, alguém descolou um esmalte azul marinho. Todas as garotinhas com suas unhas roídas pintadinhas de azul marinho. Tudo pra competição do dia seguinte. Chego em casa e meu pai muito incompreensivo (*drama) me faz tirar tudo. Eu chorei um monte, e ele disse que esmalte na casa dele era clarinho. Nada dessas cores horríveis vulgares e berrantes. Engraçado lembrar desse dia como se fosse ontem. Eu passando acetona e as lágrimas pingando de raiva.

Pois então agora eu sou grande - não muito - e pintei minhas unhas de azul marinho esses tempos, por vingança ( ai dels, me interna) e fiz mais!!!

comprei isso aqui tudo ó:


pronto agora pinto do que eu quiser e quero ver quem vai me pegar com um pote de acetona!


=)

terça-feira, 8 de junho de 2010

a garota do calendário ~estagiando

1 - Um dia todo estagiário corta papel. Eu já cortei duas vezes. E coloquei em displays de mesa.

2 - Estagiário sempre é o cara que carrega a garrafa térmica da salinha de manhã. E leva de volta pro refeitório na hora do almoço. Quer glamour, vai na Hebe.

3 - Você vai escanear, tirar xerox e imprimir muito mais do que na sua própria casa. Ah, você também fica encarregado de levar as notas fiscais no financeiro que fica láá longe.

4 - Você sempre vai se sentir feliz de aprender algo que nunca viu na vida, todos os dias. Essa é a graça do estágio.

5 - Você pode ser sortudo como eu e cair num setor cujo chefe é uma pessoa adorável, inteligente e brilhante que faz te desejar ser como ele quando crescer

6 - Você vai encher o saco de acordar cedo, mas quando chegar o domingo seu relógio biológico te levantará às seis e meia, filho da puta.

mas no fundo, você sabe que vai ser sempre compensador.

denovodezoito@hotmail.com

segunda-feira, 7 de junho de 2010

às vezes quero ser terceira pessoa




Mesmo nas manhãs mais cinzentas, ela arquitetava pequenos planos sobre como subir da maneira mais barulhenta possível, tilintando os sapatinhos baixos na grande escada. Ele nunca a esperaria de pé, por razões óbvias, mas ela sabia que ou ao menos pensava que sabia, quanto mais barulho fizesse, mais ele ficaria sem sono. Na cabeça de 10 anos dela, existia uma cumplicidade no barulho da escada, um em cada ponta.

Era como se ela lhe dissesse cada vez que chegasse:

_Cheguei, cheguei, eu estava com saudades!

Embora fosse tão tímida que nunca conseguia dizer nada quando terminava a subida.

E era como se ele soubesse:

_Acabou a paz. Ela vem bagunçar as minhas coisas. Porque eu gosto disso?

Na verdade era tudo achismo dela. Ela gostava de bagunçar tudo, mas queria realmente saber se estava bagunçando. Ela queria bagunçar a ponto de pôr a cabeça dele entre os seus cotovelos magrinhos e a barra do blusão de lã grande demais, comprado na seção de pessoas grandes - alguém esperava que ela fosse crescer um pouco mais - enroscando os dedos pintados com alguma cor berrante, quase tinta guache, pelos cabelos dele, e então, e então. Nada.

Há algum tempo notara que ele tinha manias interessantes e anotava todas elas em seu pequeno caderno mental. O trejeito com a xícara de chá, que foi o que ela notou primeiro, primeiro mesmo, lá longe, quando ela tinha até muito ódio de ter que subir escadas, era de fato seu preferido. E grotesco, de leves.

E então muitas coisas fizeram com que ele se tornasse de fato seu preferido. Tem horas que ela quer muito pular em seu pescoço, de raiva. Tem horas que. Não.

Às vezes, quero ser terceira pessoa, me esconder no ela, embaixo da escada, assim, pequenininha. Tenho medo dela, em primeira pessoa. Um dia ela vai fazer uma loucura. Ou não. Não.


domingo, 6 de junho de 2010

Menino bonito, menino bonito, ai

Nunca ousaria dizer que te perdi, afinal nunca se perde o que nunca se teve. Sei que de vez enquando você dá uma passada por aqui, ou dava, enquanto era conveniente pra você me fazer suspirar ou levar meu coração, ou ter algo de interessante e bonito pra me dizer. Pra me fazer acreditar que minha poderia ser realmente interessante pra você ou algo do gênero. Ou pior ainda, que eu escrevo bem (você dizer isso pra mim não vale, viu Marcelo, você é engenheiro e todos sabemos que somos pessoas analfabetas funcionais rs).

Tudo aconteceu muito rápido, muitas surpresas, poesias sobre unhas azuis-marinho, eu estava feliz, todo mundo estava feliz. E então do nada, sei lá, tudo mudou. Meu gostar não mudou, continua o mesmo, aqui sentadinho, os olhos cinzentos apertados esperando o ônibus, as mãozinhas sujas de militos (eu curtia, ok?), os pés calçando uma única meia soquete, balançando os dedinhos felizes, esperando você dobrar a esquina, com os olhos brilhando, e coçando o nariz quando a última coisa que virou a esquina foi o cachorro do vizinho. Nada de você.

Disseram que você era um menino bonito. Na verdade nem precisariam ter me dito, porque isso está muito claro. Sou hipermétrope, mas não sou cega. Viver é uma grande coincidência, e eu acho que a música que ouvi ontem explica muita coisa sobre tudo que eu acho:


Veio até mim
Quem deixou
Me olhar assim
Não pediu
Minha permissão
Não pude evitar
Tirou meu ar
Fiquei sem chão

Menino bonito, menino bonito, ai
Menino bonito, menino bonito, ai.

Eu gosto de você, menino lindo. Mas sei lá. Não sei. Não te interessa.


denovodezoito@hotmail.com

 

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