sábado, 24 de abril de 2010

À pequena Chris catatônica, um brinde


Tudo parece muito chato e confuso hoje. Aos sábados, minha casa sempre está vazia com um bilhete sobre a mesa. Sem ter o que fazer, acordo pontualmente às 7 e meia (obrigada relógio biológico de merda, hoje é sábado! Sá-ba-do!). Não consigo abrir os olhos direito e estou com duas aftas doendo, preciso de mertiolate, pra jogar nas aftas - sou louca - amortecê-las e eu poder deitar novamente. Ando como uma tartaruga empalhada até o banheiro. Ligo a luz. Péssima idéia. Desligo. Acho o mertiolate. Taco na boca. Volto e me deito. Acordo as 13h com o travesseiro babado - porca.

Quando finalmente decido sair de casa para comer, CHOVE, e eu esqueço o caralho do cartão em cima da cama. Penso em deixar o corpo no buffet de comida como pagamento, mas no fim encontro notas de dinheiro perdidas dentro da bolsa. Eu não gosto das pessoas. Mentira, eu gosto. Gosto de pessoas como se gosta de costela de porco, assadas, quase fritas, com uma camada de molho de laranja por cima. Amizades transcedentais e conexão espiritual. O resto do mundo enxerga demais, onde não há nada para se ver, afinal. Andei lendo muito o Twitter do Serguei (sergueirock - do que é bom eu faço propaganda de graça).

Tenho 200 slides de Ciências dos Materias pra estudar. Estão impressos olhando para mim "me coma, me coma". Infelizmente eu não gosto de papel. Nem com sal. Nem com pimenta. Gostaria de montar numa girafa qualquer dia, abraçar um urso panda, ter um elefante que fala de estimação.

Aqui estou. Mais ou menos viva, mais ou menos esperta, mais ou menos coerente.

Tudo que eu queria era um copo de sorvete de pistache.

Christina

para dizer que eu preciso cortar o Rivotril e a vodca, me pedir em casamento ou dizer que eu não valho nem uma pipoca:



Um comentário:

Anônimo disse...

Li todos (ou quase) os seus textos, aqui e no CF... como é interessante a vida alheia! hahaha Acho mto bom esse jeito leve de conduzir o texto, vc escreve muito bem pra uma futura engenheira :)
Com relação ao texto, era uma ansiedade desgraçada que o norteou?
Até!

 

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